Dá pra vê. A ausência causa estrago na ponta do sorriso. Ele
trava, e não consegue, por um tempo, ser mais aberto do que aquilo que o coração
transmite. É difícil. Ser amigos, agora, não é a hora, é desculpa. Desculpa só
pra me ter. Desculpa só pra me vê. Desculpa para nutrir o seu ego em paz, enquanto
há guerra em mim, em nós. Os cacos não se transformam mais em cristal. Agora é
seguir, o tempo cura, mas não cola, não enrola, nem divide. Vamos ser inteiros,
cada qual para o seu lado, mas deixa eu aqui, você por lá. Um dia, a gente
tropeça pelo caminho e os sorrisos estarão leves, destravados de novo, no canto
da boca que não será mais tua.
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Palavras salvas.