sábado, setembro 5

Funilaria da alma.


Quando o corpo já não pede somente ajustes na pintura, mas muito mais reformatações nas peças de dentro. É quando a gente deixa de pensar em caber apenas na roupa, pra caber em si, tomando as rédias do que é apenas seu e dos teus. Seja lá qual for à ordem.
É refazer a desordem interna, minada por síndromes do tempo, da insuficiência de palavras, da fragilidade que a palavra do outro causa nele, não mais em nós. E o que vão pensar? É difícil digerir o “ninguém paga tuas contas”, porque chega uma hora que ninguém paga mesmo, e os acertos serão entre você e você, e, certamente, estas consequências são maiores do que o que pode ser dito de fora pra dentro. Deixa tudo fora, ficamos mais leves. Pior é quando a gente tem que escutar o que vem de dentro, dói mais, judiação interna, escutar a ti mesmo, mas te escuta.
Temos os nossos divisores de água, a potência dos nossos motores, o tipo de combustível que desejamos nos alimentar para conseguirmos caminhar. E, assim, SEJA.
Seja o que você quiser, seja o que você sempre sonhou ser, deixe que os teus planos guiem a tua jornada que é finda, é a certeza, a convicção que carregamos, não é? Das outras, quais é a mais correta? Não há! A vida é breve, e precisamos sentir isto para poder viver o agora, o hoje, o presente, sem "quandos", mas com quantos!
Então pronto, que a gente prossiga, fazendo reparos, saindo de si, mas voltando sempre a caber dentro da gente, porque quando saímos de nós, o bicho pega, e pega mesmo! É, eu estou voltando pra mim.
Luana Bispo.

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