quinta-feira, junho 9

Com amor

Competistes durante muito tempo com a minha razão. Fostes o foco principal do duelo mais doloroso em que a falta de paciência era uma mediadora perversa, e a coragem a maior aliada na construção do que viria a ser nossa futura – hoje tão presente – relação.
Tu encontraste um coração fraquinho, com retalhos perdidos pelo corpo, sensações despedaçadas e muito rejunto de esperança escoada pelas brechas dos meus sentimentos. Me ensinastes a perdoar as minhas falhas quando as convicções extrapoladas na minha constante mania de querer saber e entender de tudo, se fazia presente na minha hiperatividade.
Neste tudo, por via das exceções que tem as regras, me mostrastes a banalidade que existia na minha seriedade, no meu ar de velhice prematura em desacreditar nas relações e nos lugares que poderíamos ser felizes a qualquer dispor. Fostes e ainda és, o companheiro daquelas terras desabitadas, hoje verdinhas e ensolaradas de felicidade e pecados, porque são eles que nos mostram o lado humano de aceitar todos os dias um ao outro à sua maneira.
És a carícia sincera das horas difíceis, a minha constante aprendizagem com o respeito. Nos aceitar perenes às nossas vulnerabilidades, me ensina a lapidar e focar nas tuas virtudes chacoalhadas entre momentos de pura emoção. São três palavras e um abraço para que eu me derreta de vez aos teus encantos.
Adormeci o meu passado na concretização minuciosa do tempo, sem burlar etapas, me trazes o novo e revigoras as minhas forças. Nosso amor tem uma condição terrena em que a imaginação presunçosa do conto de fadas não nos cabe. Eu te aceito mais humano a cada dia, tu aceitas a minha humanidade sem precisar que seja forjado um delírio se quer. Esta é a divindade que existe na nossa história, o amor é o Deus extremo que nos abençoa e nos convida cotidianamente a selar a nossa relação.
Não foi apenas sorte te encontrar, foi condição de fidelidade que o destino criou. Nós precisávamos partilhar dessa vida, não teria graça passar por ela e não viver um minuto ao teu lado, sem nossos risos espontâneos e as nossas raivas predestinadas a serem dissipadas pelo bem que nos propomos um ao outro. A lição do perdão nos convida a nos desculparmos, o que nos torna grandes frente aos nossos erros.
Aqui, outra vez, eu te irrigo de afeição para fazer crescer esse amor que tanto nos faz bem, que no seu pouco e tanto nos leva a querer conhecer cada mistério que a vida nos apresentar diariamente em nosso antigo, mas tão novo caso de amor.
Quando eu te encontro, tudo se exala. Meu coração contagia a razão e se instala em meus olhos, o brilho da retina me leva a um horizonte sólido em que os meus sonhos são palpáveis na simples alegria da tua presença.
Se me permites, quero ser cada vez mais feliz ao teu lado, sem por qualquer outro tipo de desilusão naquele relicário.


Ps: Não há destinatário real para tais palavras...  Para o dia dos namorados CtrlC +CtrlV com os devidos creditos, please. :)



4 comentários:

  1. em muitas coisas me encontrei aqui...

    bjs.Sol

    ResponderExcluir
  2. Acho que esse texto tem um pouco de muitas pessoas. Adorei.

    ResponderExcluir
  3. As cartas sem destinatário podem ser lindas flores sem nome - para lembrar uma imagem de Affonso Romano de Sant'Anna.

    ResponderExcluir
  4. ...traigo
    sangre
    de
    la
    tarde
    herida
    en
    la
    mano
    y
    una
    vela
    de
    mi
    corazón
    para
    invitarte
    y
    darte
    este
    alma
    que
    viene
    para
    compartir
    contigo
    tu
    bello
    blog
    con
    un
    ramillete
    de
    oro
    y
    claveles
    dentro...


    desde mis
    HORAS ROTAS
    Y AULA DE PAZ


    COMPARTIENDO ILUSION
    LUANA

    CON saludos de la luna al
    reflejarse en el mar de la
    poesía...




    ESPERO SEAN DE VUESTRO AGRADO EL POST POETIZADO DE CARROS DE FUEGO, MEMORIAS DE AFRICA , CHAPLIN MONOCULO NOMBRE DE LA ROSA, ALBATROS GLADIATOR, ACEBO CUMBRES BORRASCOSAS, ENEMIGO A LAS PUERTAS, CACHORRO, FANTASMA DE LA OPERA, BLADE RUUNER ,CHOCOLATE Y CREPUSCULO 1 Y2.

    José
    Ramón...

    ResponderExcluir

Palavras salvas.