domingo, março 22

Pensando bem...

Tocar o mundo, levar em si os desejos mais incontidos e perplexos para serem realizados sem dúvidas mas, com ansiedade e convicção da loucura que poderia ser perdoada. O olhar marcado, o toque especial e o sentido que as palavras sempre tiveram despertavam o delicado momento que estaria para acontecer. Já não dava mais para se entreter com o abstrato, o concreto estava perto, bem perto, sobre maneiras realizáveis.
Eu queria, queria a sensação mais desvairada dessa história que não foi planejada, redimida ao pecado que por ventura pudesse vir a ser cometido, com perdão para as falências múltiplas do coração.
Desenhei aonde queiras imaginar a impressão mais sincera de alguém que se dar tão bem nas palavras, em seu poder dilacerante de ultrapassar as diferenças e de ser tão semelhante à nossa maneira perplexa de persuadir.
Não me vinha a cabeça que tudo pudesse ser tão vazio e que mesmo assim, pudesse ser tão vulnerável a tua maneira contagiante, envolvente, especial em ser e querer a sua maneira.
E o inevitável aconteceu. Não esperava que diante de todo desafio algo pudesse ser bem mais complicado. O desejo tão mais perturbado do que antes sentia vontade de segurar a tua mão e não soltar, deitar no teu colo e findar toda aquela sensação de frieza ou desdém. Me via perdida em outros beijos sem sentido, por causas e conseqüências.
Diante de tantas atitudes o encanto se esvaiu em um conta-gotas de vontades, sem querer jogar fora a imagem e o gosto mais esperado que me envolviam em um abraço forte, tão forte quanto o teu olhar.
A espera acabou, a expectativa de se estar ao teu lado e a imagem tantas vezes (re)visitada pelos meus pensamentos ao teu coração ficou estagnada por não ter acertado quanto de real existia de você em mim. Eu não poderia caber daquela forma na tua aventura, não esperava que fosse assim.
O caderninho ficou sem as nossas palavras, mas a folha em branco continuará ali, marcada com o teu nome, como um capítulo em branco que somente ao coração valerá a pena guardar ao lembrar que tive você por perto, bem perto de mim...

6 comentários:

  1. lu, guarda as páginas em branco pra aventuras e felicidades que realmente se dignem a preenche-las
    por merecimento.
    Tardará mas valerão a pena esses momentos.Bju
    Mari

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  2. Muito em nossa vida passa em branco. As páginas de certos momentos não vividos ficam na expectativa de serem preenchidas;
    eu tenho essa esperança.

    Abraços

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  3. "O caderninho ficou sem as nossas palavras, mas a folha em branco continuará ali, marcada com o teu nome, como um capítulo em branco que somente ao coração valerá a pena guardar ao lembrar que tive você por perto, bem perto de mim..."

    Posso falar? SENSACIONAL.

    Beijos enormes.

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  4. Não sei comentar.
    Digo que doeu.

    Lindo, linda.

    [E todas as palavras somem, quando me permito sentir].

    Beijo, Lu.

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  5. Com certeza há algum por aí pronto para preencher essas páginas com lindas histórias. É só guardá-las e esperar...

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  6. Hum, tudo que que tem o seu desafio tem o seu prêmio no devido tamanho...

    Se é dura a jornada, o prêmio é grande e assim por diante.

    Mas sempre vale ter esperança quando o desafio se mostra mais demorado do que foi previsto.

    Fique com Deus, menina Luana.
    Um abraço.

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Palavras salvas.