terça-feira, fevereiro 3

Vai, deixa seguir...

Os rastros que me trouxeram até aqui levaram a crer que a ousadia do caminho me levaria embora as concepções formadas a cerca de quem a gente se esforça para acreditar. Tenta, muda, aperfeiçoa e por vezes, difere dos relativos desejos que fazem com que o raciocínio se torne anestésico ao coração. Não sei que culpa teremos ao persuadir a vida. É tanto cinismo impregnado, tanta coisa comum, que gera um desanimo perceptível. Já nem sei para que lado se deve seguir apesar das metas estabelecidas. Refúgio, claros refúgios. Trabalho a consciência como um recado contínuo. Ela estabelece em mim o vínculo muito mais assíduo do que qualquer outra maneira que queiram me mostrar como certo. Tudo bem, baixar a cabeça algumas vezes para o orgulho faz parte da vida. O temperamento forte se esconde, não sai e reconhece seus erros, ainda que não seja fácil, mas volta atrás. Voltar atrás é para poucos, o pretérito é quase imbatível nesses momentos, mas vale. Vale por um minuto que seja sentir-se tranquilo, sem aquela carga pesada, extremamente ruidosa que incomoda tudo por dentro, sobre perguntas apressadas, em (des)comunhão com o Eu. Princípio de causas evasivas que nos são refletidas pelas conseqüências. É como arrepender-se das coisas que são feitas, permitidas pelo modo corriqueiro que a gente se põe a ouvir quando sentimos o propenso .Melhor se arrepender do que foi feito . E o pior, comete-se o mesmo erro, para perder o sentido de tudo, claramente eu digo, burrice. Para conhecer é preciso conviver, dar espaço para que as personalidades se mostrem, para que se conjuguem todos os verbos e se façam as ações. Não tenho nenhuma maneira de achar que sou vidente, mas , muitas vezes, não foi preciso conviver tanto tempo para reconhecer os verbos, as ações e todos os adjetivos estonteantes. Viver de mascaras é efêmero, querer ser o que não se é cai fácil. A constituição do que se tem por dentro é sempre muito mais forte, caráter é uma coisa que não se muda fácil. Nesse ínterim de concepções aleatórias, de querer deixar acreditar, de não conseguir, se arrepender, permitir e voltar atrás, descobri que por traz de toda persuasão impregnada, por vezes, convidativa, há uma sensação nova, como quem honra aos méritos e faz a gente se sentir troféu. É quando toda sensibilidade vai por água a baixo e a gente já não sabe mais nem o que dizer, fica apenas imóvel naquela estante (re)visitada, servindo como artefato de uma competição bastante acirrada nos dias de hoje chamada relacionamento. Daí por diante, você tira as suas concepções se vale mesmo a pena deixar de sentir, e esquece as outras que foram estabelecidas. Cansa, tem horas que a gente cansa. Mas segue, mesmo assim.

13 comentários:

  1. Lú,
    é isso aí, por mais que cansa devemos sempre seguir em frente, não somos forte às vezes como gostaríamos, mas sem dúvidas por aquilo conseguimos passar ...
    O bom?
    Sempre aprendemos um pouquinho mais, nesse joguinho de relacionamentos, sempre tiramos algo positivo, pelo menso estamos tenatndo e correndo trás de ser feliz, o resto ahhhhh o resto não importa ...
    Beijos maravilhosa ...
    Linda terça

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  2. Cansa, mas o resultado acaba por compensar. :) O resto são pormenores, o que importa é a nossa felicidade.

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  3. Belos textos querida!
    Forte abraço!

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  4. Lua, adooro sua escrita, muito ! E olha, a gente tem essa percepção de que devemos ser forte sempre e ela é correta, mas algumas vezes não dá muito certo.
    E cansa, mas uma hora vai ter que existir resultado, nada é estático assim para sempre..
    baaci!

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  5. Ja te disse... calma,calma...
    Deixei selo pra voce no meu blog
    Beijos

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  6. Acho que não inventaram nada mais complexo do que amar.
    O mai interessante é que amar mexe com todos os nossos sentidos, mexe com a nossa cabeça por inteiro, com as nossas concepções mais incabíveis.
    Nos torna escravos de alguma forma.
    E essa sensação,embora única e essensial, nos causa algum tipo de angústia...Ou medo.
    Mas como viver sem amar?
    Coisa mais sem graça ser só, você não acha?
    Mas quando somos de alguém, quando nos entregamos o que acontece é que morremos de medo de acabar.
    Mas acaba..
    E lá vamos nós voar com nossas próprias asas em busca de um novo amor.
    Só para que não voemos sozinhos nesse céu que é tão belo e azul.

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  7. luaninha....oh soh.eu sei q tá osso pra eu ver todos os seus posts...mas é a facul q começou...ahuahauhauhauahua...espero q vc esteja bem...e saiba q mesmo sem ler...eu vejo a sinopse d seguidor...e vejo como esta tudo...meio pensativo com relacionamentos...

    espero ver minha linda historiadora feliz viu?

    bjos proc

    evd

    p.s.:qdo eu tiver tempo,eu leio e posto nos comentários...kkkkkkkkk...prometo.adoro teu blog.

    evd

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  8. Você esta passando por um momento que é desabafar, chorar, se arrepender pelo que fez, ou até mesmo por aquilo que poderia ter sido e não foi. Sabe Lu, botar para fora é bom demais e máscaras caem mesmo e sou da mesma opinião às vezes é necessário abaixar a cabeça, deixar de sermos orgulhosos, porque como sabe o amor não nos permite isso.
    Siga em frente, uma hora teras forças para recomeçar e sentir liberta novamente.
    Bj!

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  9. Respira fundo e continua é assim a vida!
    Você escrever super bem. Beijos, querida!!!!

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  10. "Não sei que culpa teremos ao persuadir a vida. É tanto cinismo impregnado, tanta coisa comum, que gera um desanimo perceptível."

    Isto é pura verdade. Mas poucos desistem.

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  11. Para o cansaço o descanso. Para as metas, medidas nem sempre precisas, nem sempre necessárias. Para o desalento a força do ser impregnado por seu próprio ser. Dos relacionamwntos a disponibilidade do eu sem que para isso fique ele indisponível para si mesmo. E assim a vida segue porque quando parar de seguir, vida não será mais.
    Cadinho RoCo

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  12. Depois de ler esse texto, posso te garantir uma coisa: você é humana - nem mais, nem menos. O melhor que temos a fazer quando algo, de certa maneira, nos sufoca, é vomitá-lo. E isso, pelo que parece, você fez - com muita classe.
    Bjs, minha querida.

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