Eu não vou te ligar porque você já sabe de quase tudo, e é melhor que saiba apenas do quase do que do por completo.
Você sabe que gosto da sua companhia, e, se sabe, não há porque inventar desculpas, criar charme para só ligar três dias, uma semana depois. Inventaram essa regra, e todos nós acabamos sendo burlados pelo orgulho. Duvido que não seja ele o arteiro da tal invenção.
A sociedade criou certos estigmas e o ser humano anda seguindo à risca. Nós calculamos todos os passos a serem dados num relacionamento por puro medo: Medo de nos decepcionar, medo da magoa, do drama, de ser a outra, da enganação, medo da nossa própria paixão. Medo do ridículo das horas, de esperar pelo que não vem.
Deve ser por isso que o vazio tem tomado a cena, a carência tem sido a primeira da fila e faz a gente se apegar tão rápido com a (des) ilusão. Chegou junto, ligou mais rápido do que se esperava, comentou com um amigo, surgiu uma sms, são motivos para o coração alertar. Ter atenção, carinho e cavalheirismo nos dias de hoje tem sido exceção. A gente joga com o outro e brinca com o nosso coração.
Se desprezamos, ele (a) vem, se demonstramos afeto demais, ele (a) se afasta. Dar gelo, se ausentar, não ligar, não aceitar o convite tem sido ações mais corriqueiras do que qualquer doação. Calor humano? Carinho? Demonstração? Fazem as pessoas se perderem em dois tempos. Quem nunca ouviu da (o) amiga (o) a frase "dê um gelo que ele (a) vem", atire o celular na parede e para de se corroer de instante em instante ao olhar o seu celular e não ver nenhum sinal de vida ou de morte dele (a).
Não sei quanto a você, mas ao termino dos meus relacionamentos, repeti várias vezes (e ainda repito) que não tenho mais paciência desse joguinho de sedução, em que os desejos ficam presos no orgulho, e prefere-se pagar na aparência do estar "nem ai" do que ir atrás do que se quer.
Vamos sair do cerco, plantar o inverso do que o orgulho oferece, agir com o coração e ser policiada pela razão – apenas - diante do obvio. Arriscar os sentidos, sentir o sabor e o dessabor da conquista até que a gente encontre o AMOR que não tem a complementação " DA SUA VIDA", porque ela é real. Nós precisamos aprender a retalhar o nosso coração que sempre tem força suficiente para recomeçar mesmo que não se acredite na décima vez.
Espere no ser humano, e não queira um novo ou próximo alvo que estará a sua frente. As pessoas não são peças da Lego, nem sempre possuem o encaixe perfeito do qual acreditamos. Precisamos de sentimentos contornados de práticas, chega de teorias mal amadas com efeitos de solidão.
Ligue, aposte, escreva, se apaixone. Eu estarei aqui torcendo por você até aquele último sol...
Citando Gonzaguinha:
ResponderExcluir"Viver!
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz...
Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita... "
Relacionamentos são complicados porque o primeiro e primordial, consigo mesmo, não costuma funcionar bem.
Só que aprendeu a se amar sabe amar o outro ...
Orgulho é um sentimento que me mata a cada dia... e não consigo me livrar dele
ResponderExcluirÉ sofrimento em dobro!
o amor é a maior fonte de inspiração..
ResponderExcluirbjs.Sol
olá Luana, tenho visto um pouco do seu trabalho pelo blog e gostaria de saber mais sobre seu livro, porque há um projeto da UEPB em realizar um seminários no mês de agosto e fiquei muito interessada em apresentar a "cara" dos novos escritores e sua obra no evento, como forma de incentivar a produção literária nessa nossa nova geração. meu contanto: francielly_leme@hotmail.com
ResponderExcluirEsses joguinhos... O quanto não estragam um amor que poderia ser de peito aberto? Lindo texto, Luana.
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